18 de fev. de 2016

Astrônomo Tenta Procurar Por Civilizações Alienígenas Avançadas, Mas Não Encontrou Nada... Ainda!



Muitos estão criando expectativas dizendo que o juízo final ou uma eventual dominação da Terra devido uma invasão alienígena irá acontecer no final deste mês. Dizem ainda que um meteoro irá dizimar boa parte da população ao redor do mundo e catástrofes estão a nossa espera. Saiba que nem mesmo os teóricos da conspiração chegaram a um consenso sobre quando isso irá acontecer, se será dia 23 ou 28. De qualquer forma temos uma notícia que pode não ser tão boa se você acredita mesmo nisso.

Se você é uma daquelas pessoas que acreditam que estamos na iminência de fazer contato com vida alienígena em galáxias próximas a nossa, saiba que apesar de todos os esforços, pode não ter nada lá fora. Vamos saber mais sobre esse assunto?

Um respeitado astrônomo concluiu que civilizações avançadas são muito raras ou "totalmente ausentes" em galáxias vizinhas a nossa. Ele usou novos telescópios altamente sensíveis para procurar assinaturas de calor residual que estejam sendo emitidas a partir de planetas, e que pudessem indicar a presença de civilizações alienígenas avançadas. Apesar dos esforços, nada foi encontrado.

Após vasculhar galáxias próximas, que mostravam emissões anormais de radiação infravermelha em níveis elevados, o que indicaria que elas fossem "estranhamente quentes", o cientista disse que poderia ser simplesmente um fenômeno natural.

"Alguns desses sistemas definitivamente exigem uma investigação mais aprofundada, mas os que já foram estudados mais detalhadamente, também necessitam de uma explicação astrofísica natural", disse o professor Michael Garrett, diretor científico do Astron, Instituto Holandês de Radioastronomia e pesquisador da Universidade de Leiden.

O professor Garrett estava procurando, em particular, por sinais do espectro do infravermelho médio, onde acredita-se que sejam um indicativo de civilizações avançadas capazes de aproveitar as energias em escalas galáticas. Em outras palavras, acredita-se que essas civilizações chamadas de "Kardashev Tipo III" sejam capazes de aproveitar as imensas energias contidas dentro de buracos negros e explosões de raios gama. É justamente esse tipo de civilização que teria capacidade de realizar viagens espaciais de longa distância.

Uma equipe de astrônomos liderados pelo Dr. Jason Wright, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, recentemente listou várias centenas de galáxias, dentre 100.000, que poderiam hospedar essas tais civilizações.

A NASA também já começou algum tempo a procurar sinais de planetas distantes, que possam ter as condições para abrigar vida com o seu Telescópio Espacial Kepler.

Entretanto, o professor Garrett, cujos resultados foram apresentados em uma revista européia chamada "Astronomy & Astrophysics" ("Astronomia & Astrofísica" em português), disse que encontrou pouca evidência para sugerir que houvesse alguma galáxia por perto que fosse habitada por essas formas avançadas de vida.

Em vez disso, ele disse que o tipo de emissões de infravermelho, provenientes destas galáxias candidatas a abrigar vida, são mais propensas de serem causadas por processos astrofísicos naturais. Particularmente, ele acredita que podem ser causadas pela poeira gerada e aquecida a partir de regiões de formação de estrela maciça.

"A pesquisa original da Universidade Estadual da Pensilvânia já nos disse que esses sistemas são muito raros, mas a nova análise sugere que isto é provavelmente um eufemismo, e que este tipo de civilizações avançadas chamadas de Kardashev III, basicamente não existem no universo local", disse Garrett.

"Na minha opinião isso significa que todos podemos dormir em segurança em nossas camas a noite, tendo em vista que uma invasão alienígena não parece ser tão provável assim", completou.

No entanto, agora o professor Garrett espera usar técnicas semelhantes para ajudar a procurar civilizações alienígenas menos avançadas, que seriam do tipo "Kardashev II" . Tais civilizações ainda são consideravelmente mais avançadas do que a nossa própria na Terra, que ainda não atingiu o nível do tipo "Kardashev I".

"É um pouco preocupante que civilizações do tipo III pareçam não existir", disse Garrett.

"Não é o que poderíamos prever a partir das leis físicas, que explicam tão bem o resto do universo físico. Estamos perdendo uma parte importante do quebra-cabeça aqui", continuou.

"Talvez civilizações avançadas sejam tão eficientes energeticamente falando, que elas geram uma emissão muito baixa de calor residual, e nossa compreensão atual da física faz com que isso se torne uma coisa difícil de se fazer", prosseguiu.

"O mais importante é continuar procurando por assinaturas de inteligência extraterrestre até entendermos plenamente o que está acontecendo", completou.
Apesar de muitos acreditarem que em breve haverá um contato público e amplo entre seres humanos e seres extraterrestres, o professor Michael Garrett diz que isso pode ser muito pouco provável em relação a civilizações avançadas

Entenda a Escala Kardashev No início deste ano, um grupo de físicos liderados por Adam Stevens do Departamento de Ciências Físicas da "Open University" propôs uma ideia semelhante na busca por vida alienígena. Em um artigo chamado "Observational signatures of Self-Destructive Civilisations" ("Assinaturas Observacionais de Civilizações Autodestrutivas" em português), a equipe alega, que se houver vida inteligente espalhada por todo o universo, há chances que elas tenham desenvolvido tecnologias similares as nossas - incluindo o desenvolvimento de armas químicas e nucleares. E assim como na Terra, eles poderiam usar essas armas para iniciar guerras e levá-los a sua própria extinção.

Tendo isso em mente os pesquisadores estudaram as diversas maneiras, que tais civilizações alienígenas poderiam se autodestruirem e estabeleceram que os sinais desta destruição seriam visíveis usando telescópios na Terra. Isso inclui guerras nucleares, bioterrorismo, o chamado cenário da "gosma cinza" e poluição planetária.

O pensamento atual em torno da busca por a vida alienígena gira em torno do "Paradoxo de Fermi" e a "Equação de Drake".

O Paradoxo de Fermi basicamente questiona o porquê não temos encontrado vida alienígena, apesar da existência de centenas de bilhões de sistemas exosolares em nossa vizinhança galática, em que a vida pode evoluir. O mesmo foi concebido pelo físico italiano Enrico Fermi, em 1950.

A Equação de Drake, apresentada pela primeira vez pelo radioastrônomo, Dr. Frank Drake, em 1961, detalha os fatores especificos necessários para que tais civilizações se desenvolvam. O Dr. Drake disse que qualquer busca por vida inteligente distante também deve ser uma busca por tecnologia distante.

A escala Kardashev foi criada em 1964 pelo astrofísico russo Nikolai Kardashev como uma forma de categorizar o avanço tecnológico de uma civilização.

Ela é baseada na quantidade de energia que uma civilização é capaz de explorar e utilizar. Assim sendo, a escala hipotética possui três níveis:
  • Tipo I: A civilização usa todos os recursos disponíveis em seu planeta natal e dominou a utilização da fusão nuclear.
  • Tipo II: A civilização aproveita toda a energia proveniente da sua estrela.
  • Tipo III: A civilização aproveita toda a energia existente na galáxia que habita.
A Terra nem mesmo chegou no Tipo I (a civilização humana seria considerada "Tipo 0"), e mais níveis têm sido propostos em relação a escala original. Por exemplo, alguns propuseram uma civilização do Tipo IV, que seria capaz de aproveitar a energia através de um universo inteiro.



Tradução/Adaptação: Marco Faustino

http://www.assombrado.com.br/2015/09/astronomo-tenta-procurar-por.html
Fontes:
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3235695/The-truth-NOT-Astronomer-uses-highly-sensitive-telescope-search-alien-civilisations-finds-nothing.html

http://arxiv.org/pdf/1508.02624v1.pdf


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